A África e o Mundo

Hoje em dia, os países da África são pobres e a população passa por grandes necessidades. No
passado a África colaborou com o desenvolvimento das civilizações na Europa, na América e na Ásia. Os europeus aprenderam muitas coisas com os egípcios, exclusive matemática e técnicas de engenharia. A fome de ouro dos comerciantes europeu do século XV foi saciada com as minas de Guiné, que atraiu a árabes e chineses para costa oriental africana. Milhões de seres humanos foram arrancados para servir de escravos nas plantações e minas na América.

O Magnífico Zimbábue

Ao sul do rio Zambeze, mais ou menos onde hoje estão países como Zimbábue e Moçambique, o povo chona (que falava o idioma bando) construiu diversos reinos, todos eles disputando o controle das rodas de comércio de cobre e de marfim na região. Essas rodas eram importantes porque chegavam até o litoral leste da África, onde havia presença de comerciantes árabes e indianos.
Os criadores de gado bovino eram os melhores soldados, e os donos dos maiores rebanhos tornavam-se comandantes.

A Guiné

Os europeus chamavam os Guiné a região relacionada com o golfo da Guiné. A Guiné era coberta de florestas tropicais, com clima quente e úmido.Lá desenvolverem- se importantes civilizações como a dos iorubás, ibos,askans e adjas. Os iorubás viviam no sudoeste da atual Nigéria. Grande parte deles moravam em cidades.As cidades mais notáveis eram Ifé e Oio. Elas eram cercadas por muralhas de pedra e habitadas por nobres, artesãos, camponeses e comerciantes .Muitos habitantes do povo iorubá vieram escravizados para o Brasil , apartir do século XVIII. Era comum chamá-los de nagôs, embora na verdade nagôs fossem apenas os iorubás estabelecidos onde hoje está o Benin.
Os habitantes iorubás de Benin eram artistas excepcionais. Suas esculturas de terracota e bronze maravilharam até mesmo os europeus, que em geral eram preconceituosos contra tudo o que viesse dos povos de pele negra.A capital do pequeno reino de Benin era Ubini, onde morava o oba (rei). Suas ruas eram largas e havia poderosas muralhas.
O reino Adomei, também chamado Daomé, foi fundado no século XVII e atingiu o apogeu no século XIX. Ao contrario de Oio, Abomei(Daomé) foi um estado com poder central muito forte e um exército muito bem organizado. Infelizmente grande parte das riquezas do reino Abomei veio do comércio de escravos. As tropas de disciplinas atacavam muitos povos da Guiné para vender os os prisioneiros para os traficantes europeus.

Kongo e Ndongo

O reino Kongo ocupava uma grande área onde hoje estão o Congo e angola .A capital era a cidade
de Mbanza Kongo. Ao sul existia o reino de Ndongo , orei tinha o titulo de ngola.
A organização social dos reinos Kongo e ndongo era semelhante.Produziam ferro e sal, criavam galinhas , cachorros e cabritos.Os artesões faziam objetos de ferro, cobre e marfim. O vinho feito de palmeira era muito apreciado , embora fizesse muito mal à saúde quando bebido e exageradamente.
Desde o século XVI, pessoas desses reinos seriam levadas como escravas pelos os portugueses, para trabalhar nas plantações do Brasil colonial.

A Escravidão Negra

A escravidão não era novidade na África. Desde o século XI os árabes adquiriram escravos africanos. Mas os árabes tinham poucos escravos geralmente os filhos dos escravos já eram quase livres. De acordo com alguns historiadores, os europeus retiraram cerca de 10 milhões da África para levá-los para a América!

Havia 2 maneiras de os comerciantes europeus obterem escravos africanos. O 1° era direto: desembarcavam soldados que invadiam uma aldeia e capturava seus moradores. O 2° modo era indireto. Os povos africanos faziam guerras uns com os outros e vendiam os prisioneiros para os comerciantes europeus. Algumas nações africanas chegaram a enriquecer atacando outra nações e vendendo os habitante aos traficantes de escravos árabes e europeus.

A costa oriental da África

No litoral oeste da África, banhado pelo oceano Índico, muitas cidades-estados se desenvolveram em função do comércio internacional. Mescadores árabes e chineses traziam seus produtos em troca do ouro, marfim e cobre. As escavações dos arqueólogos já encontraram até mesmo vasos de porselana chinesa antiga! (Também existem pinturas chinesas antigas representando girafas africanas.)

As religiões da África

Hoje em dia , muitas pessoas desinformadas ainda acham que todos os africanos seguiam a mesma crença religiosa , vagamente chamada de " macumba". Bobagem: havia inúmeras religiões diferentes. Muitos povos africanos desenvolvidos o culto aos antepassados. Os parentes mortos eram adorados como deuses por seus familiares, era comum jogar-se um pouco de bebida na terra para que o espiríto do parente morto pudesse beber esse alegrar.
A religião do povo iorubá foi a que mais marcou presença no Brasil, trazida pelos escravos a partir do século XVIII. É o que em muitos lugares do Brasil se chama Candomblé.
Uma parte importante dos africanos acreditava num único Deus: eles se tornarem mulçumanos. O cristianismo também alcançou a África. Por volta do século V ,foram convertidos os etíopes e depois os núbios. Entretanto, o crescimento do cristianismo foi bloqueado pela expansão mulçumana.

Os Hauças

A civilização dos hauças começou a ser construída por volta de século XI, no Sudão central. Os hauças eram, na verdade, diversos povos que falavam uma língua semelhante. Eles viviam em cidades-estados localizadas no centro e no roeste de onde hoje esta a Nigéria. Alguns hauças eram seguidores do islamismo.
Os hauças não tinham tradição de guerreiros.Sua principal força estava nos frutos do trabalho. O artesanato era de alta qualidades, vendido até no Norte da África, para serem exportados. Habituados ao comércio internacional,os hauças aceitavam conviver com pessoas de outras nações. Na cidade de Katsena, por exemplo, havia um bairro só de estrangeiro.
No século XVI, o império árabe no norte da África estava em fraco de muitos estados africanos que viviam do comércio com os árabes. Foi o caso das cidades-estados hauças.No final do século XVIII. Os peules, que viviam no sudeste e sudoeste do Sudão, tomaram as cidades-estados hauças escravizaram seus habitantes.Os árabes gostavam de escravos hauças porque eles tinham fama de vigorosos e inteligentes.O hauças também foram vendidos para traficantes portugueses, que os trouxeram até o Brasil.

O Grande Império Mali

No século XIII, na região do alto Níger desenvolveu-se o Reino de Mali. A riqueza do Estado de Mali vinha de suas minas de ouro e dos impostos cobrados dos mercadores. Mas de 12 mil camelos atrasaram anualmente o deserto do Saara em caravanas de comércio que uniam o Mali ao Norte da África, chegando ao Cairo.
O mais importante Rei do Mali foi Kango Mussa, mandou trazer grandes sábios árabes para Tombuctu. Essa famosa cidade tinha dezenas de milhares de habitantes e uma das maiores universidades do mundo. Era também um grande centro de comércio internacional. Vendiam-se até livros escritos em árabe que abordavam assuntos como Medicina, Geometria, Religião, Poesia e História.
No século XV, o reino de Mali foi superado pelo reino de Songai, que se tornou o mais importante da região até 1591, quando foi invadido pelo Marrocos.

O Islanismo se espalha

''Só existe um Deus, que é Allah, e Mohammad é seu profeta'' diz o livro sagrado Alcorão. No século XI, os muçulmanos conquistaram a capital de Gana. Dessa maneira, o islanismo se espalhou entre os povos negros da África, e até hoje marca sua presença no continente.

O Reino de Gana

Por volta do século VIII de nossa era, floresceu o importante reino de Gana.
Os árabes contavam que Gana era tão rica que no palácio, os cachorros tinham coleiras de ouro. Na capital havia casas de pedras de dois andares, onde moravam os nobres e altos funcionários do Estado. Os mais pobres viviam em cabanas de terra cobertas de palha. Os comerciantes habitavam uma próxima e negociavam com os árabes do Norte da África, comprando tecidos, sal e cobre.

O Reino Núbio

Ao sul do Egito, no começo do rio Nilo, numa região chamada Núbia, desenvolveu-se a civilização Kush. Seu apongeu se deu por volta de 1700 a.C.. A capital era a cidade de Kerma. O povo núbio tinha pele negra bem escura e recebeu muita influência da cultura egípcia. A riqueza de kerma vinha das abundantes minas de ouro , das peles de animais e do marfim . Os tesouros excitaram a cobiça dos egípcios , que invadiram o reina (por volta de 1500 a.C.). Mas o dominio egípcio não destruiu a cultura kushita os aristocratas núbios continuaram ricos , embora pagando impostos ao estado egípcio. Seus filhos iam estudar no Egito e alguns se tornaram inportantes funcionários do Faraó.
Por volta de 900 a.C.os núbios voltaram a criar um reino negro autônomo. A capital agora era a cidade de Napata ,mas ao sul ainda do que Kerma. Os napatanos, também negros, faziam túmulos em forma de pirâmedes e tinham uma escrita com seus próprios hieróglifos.
No século V a.C., a capital desse novo reino kush foi transferida para Meroe, mais ao sul do que Napata e igualmente ao longo do rio Nilo. A cidade se tornou um centro de rotas comerciais que uniam a África central com os povos do Mediterrâneo. Em Meroe havia um desenvolvido artesanato de ferro apreciado até pelos estrangeiros.

O Egito Antigo

A maioria dos egípcios antigos eram africanos e tinham a pele negra ou mulata. O que é mais uma prova contra as pessoas racistas que teimam em dizer que ''os negros não foram capazes de formar uma grande civilização''.

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Mariana e Thais